Caminhadas cedinho, olhares aos céus entre raios solares, as nuvens brincantes, a viola, a mochila nas costas: a chave de casa, o terço, agasalho, o caderno, lapiseira, fotos, um livro.
A experiencia em histórias para contar: interesses, aprendizagens, abertura do leque; atropelos nos sonhos por realizar.
Há trocas, encontros com queridos(as); responsabilidades. O ritmo na dança da estrada, que é longa, sem asfalto, arborizada, e aquela visão … o mundo a ser visitado, nas conquistas que enriquecem a vida de corpo e alma; se reconhecer.
O slogan: ”ir adiante”; os percalços, medos, tombos, surpresas, ladeiras, traumas; rotas alteradas frente aos desacertos, fracassos; descarte de algum desafeto: um tchau a quem não está de mãos dadas; faz ressignificações, tem resiliência, sem perder de vista, horizontes que surgem.
Sensações nas lembranças, sorrisos no entorno, destaque e gratidão aos apoiadores, amigos, do percurso.
Os pés em trilhas conhecidas, desbravando atalhos, rasga scripts, assume roteiros da transformação; por vezes de forma lenta, doída; outras vividas na simplicidade: os ajustes nos devidos enquadres.
Tentativas em não se impressionar com a teatralidade dos fatos, e numa aparente despreocupação, mais uma etapa vencida, os ensinamentos arquivados, muitos deles no coração.
Procura espaços para fazer o que gosta e agrega, junto a positividade, bom humor, marcas registradas; se arriscando só, ou em grupo, instiga o próprio potencial, na melhor performance que consegue colorir, ou pintar em branco e preto.
Num caminhar mais pausado, a respiração na calma, na profundidade, olhares para os lados. Passos mais conscientes, relaxa… no encontro consigo mesmo, enxergando o outro, em sua grandiosidade real.
Mesmo enxergando as desigualdades e mazelas humanas, as guerras, a violência gratuita… hoje ainda observa o mundo afora, com esperança: no que poderá vir a ser descoberto, inventado; ou simplesmente acontecer: uma luz e sabedoria coletiva, uma inteligência solidária.
No toque rotineiro, na leveza: uma forma de ser, ao traduzir-se como é, nos limites do que sabe, e reconhece, que tem.
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Laura Helena Sodré
Psicóloga, Professora, Poeta e Vovó
- Publicação:
2023 Versos ao Sabor do Tempo - Participações nas Antologias:
Novas Vozes da Poesia Brasileira 2024
Por Trás das Pinceladas 2024 - 2 Livros Infantis (solo e coautoria) 1990 e 1991
- 1 Livro Técnico (Recursos Humanos) 1989
Maravilha!