Só as mulheres sabem como é mais difícil para elas do que para os homens envelhecer, elas estão sendo apontadas como a população de sem-teto que mais cresce nos EUA.
Enfrentando um mercado de aluguel em alta, e sem esperança de ter sua própria casa, a Sra. Maggie Shambrook, 65, e várias outras mulheres, recorreram à fundação recém-formada Sharing With Friends.
Maggie teve uma carreira de sucesso, e criou sozinha três filhos, antes de ser despedida. Embora ela tivesse qualificações de pós-graduação, foi forçada a aceitar a aposentadoria.
‘Perdi meu emprego e minha casa onde morava há 25 anos’, disse ela.
O saldo médio da aposentadoria de uma mulher nos EUA é de $ 157.000, em comparação com os homens que se aposentam com um super saldo médio de $ 270.000. A diferença é grande, não acham? E o motivo dessa diferença não é explicado em nenhum lugar.
Segundo ela, foi muito difícil conseguir alugar uma casa, ninguém queria alugar para ela por conta da idade avançada.
‘Candidatei-me a 30 propriedades, e não consegui encontrar um lugar para morar’.
Maggie Shambrook disse a ABC NEWS que gastar todo o dinheiro no aluguel é ‘devastador’.
Ela conseguiu alugar a área de baixo de uma casa, mas diz que não é ‘uma solução de longo prazo’, por isso, assim que tomou conhecimento sobre a oportunidade de comprar algo seu, e compartilhar com outras mulheres da sua idade, ela logo se interessou.
A organização sem fins lucrativos, tem como objetivo fornecer uma oportunidade para as mulheres comprarem uma casa acessível e personalizada.
O protótipo foi projetado para caber em um terreno de 800 metros quadrados fornecido pela instituição de caridade.
A ideia é que cinco mulheres invistam cada uma US $ 120.000, para pagar a construção de uma acomodação acessível, de cinco cômodos privados, com uma lavanderia comum, biblioteca e jardim.

Esboço de conceito para a solução de habitação Sharing With Friends com cinco casas, área comum compartilhada
A arquiteta por trás do projeto, Eloise Atkinson, disse que o desafio era equilibrar o custo com a habitabilidade.
‘Isso gerou uma série de conversas sobre o que as mulheres estão preparadas para compartilhar, e o que elas precisam ter como espaço privado’, disse Atkinson.
‘Uma coisa a lembrar é que não existe uma solução geral. Mesmo se você conseguir cinco mulheres parecidas, você terá cinco conjuntos diferentes de prioridades e compromissos para lidar’.
As primeiras cinco mulheres a se comprometerem com o programa se encontraram no workshop Compartilhando com Amigos.
Linda Hahn, 63, disse que parte do processo era explorar os desejos e necessidades de cada pessoa.
‘Conhecer uns aos outros, e entender os valores de cada um, é importante porque essa é a base da comunidade’, disse ela.
O conceito não apenas fornece uma solução de moradia para mulheres solteiras, mas também aborda outra epidemia – a solidão.
Esse foi um fator importante na decisão de Barbara Symes, de 73 anos, de participar.
‘Eu não tenho família nenhuma; em decorrência o senso de comunidade é importante para mim’, disse ela.
A presidente do Sharing With Friends, Susan Davies, disse que tem 120 mulheres em seu banco de dados, interessadas em viver o conceito.
Ainda há obstáculos a serem superados, como leis de planejamento local, mas esse grupo de mulheres agora tem esperança de um amanhã melhor, mais amoroso, seguro e fraterno, junto de mulheres com as mesmas dificuldades e desafios!
Elas serão, além de amigas, uma família, e mandarão para longe a solidão que muitas mulheres enfrentam na velhice.
Fonte: Resiliência Humana
(JA, Jul22)