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Dra. Simone SoaresSaúde

Doenças falciformes e saúde bucal

Publicado 27 de outubro de 2025 16 minutos de leitura
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Doenças falciformes e saúde bucal: um olhar atento para um cuidado essencial

A saúde bucal começa pelo sangue

A boca é um espelho do corpo. Quando algo não vai bem no sangue, como nas doenças falciformes, os reflexos podem aparecer logo ali, entre os dentes e gengivas.
As doenças falciformes são um grupo de condições genéticas que afetam a forma das hemácias, que são as células responsáveis por transportar oxigênio. Em vez de redondas e flexíveis, essas células assumem o formato de foice (ou meia-lua), o que dificulta a circulação e o transporte adequado de oxigênio pelos tecidos.

Essa alteração gera uma série de consequências que vão além do cansaço ou da palidez. Ela interfere na prevenção da cárie, favorece o surgimento da periodontite, pode causar maloclusão e até aumentar o risco de câncer bucal.
Por isso, compreender essa relação é o primeiro passo para cuidar da saúde com mais consciência e qualidade de vida, especialmente na terceira idade, quando o organismo se torna naturalmente mais sensível a desequilíbrios.

Como as doenças falciformes afetam a boca

A boca de uma pessoa com doença falciforme pode revelar muito sobre o seu estado geral.
A falta de oxigenação adequada e o aumento da viscosidade do sangue prejudicam a cicatrização, aumentam a inflamação e diminuem a resistência natural das gengivas e tecidos bucais.

Essas mudanças podem gerar sintomas como:

  • Gengivas mais pálidas e sensíveis
  • Maior risco de infecção e sangramento
  • Retardo na erupção ou na movimentação dos dentes
  • Dor espontânea em dentes sem cárie
  • Alterações ósseas maxilares visíveis em radiografias

Além disso, a própria estrutura facial pode sofrer modificações ao longo dos anos, devido ao esforço da medula óssea para produzir mais células sanguíneas. Isso explica por que alguns pacientes apresentam o chamado “aspecto em torre” da maxila, que está diretamente ligado à maloclusão e ao desalinhamento dos dentes.

Prevenção da cárie e controle da periodontite: aliados indispensáveis

Pessoas com doenças falciformes precisam de atenção redobrada quando o assunto é prevenção da cárie e controle da periodontite.
Isso porque o sistema imunológico pode estar fragilizado, e as bactérias orais encontram mais facilidade para se multiplicar.

As boas práticas diárias fazem toda a diferença:

  • Higienização completa: escovar os dentes com escova macia e creme dental fluoretado, sempre após as refeições.
  • Fio dental diário: remove os resíduos que a escova não alcança, prevenindo inflamações gengivais.
  • Visitas regulares ao dentista: a frequência deve ser maior do que o habitual, sendo de três em três meses, dependendo da condição.
  • Controle do pH bucal: evitar alimentos açucarados e ácidos ajuda a reduzir o risco de cáries.
  • Hidratação constante: a boca seca é comum nesses pacientes e aumenta o risco de infecção.

Um detalhe importante é que crises de dor e infecção sistêmica podem piorar durante tratamentos odontológicos mal planejados. Por isso, a consulta deve sempre envolver uma avaliação médica prévia, para garantir segurança no uso de anestésicos e antibióticos.

A importância da oxigenação e do autocuidado

A má oxigenação dos tecidos bucais pode comprometer a cicatrização e aumentar o risco de complicações pós-procedimento.
Assim, antes de qualquer tratamento invasivo, o dentista deve conversar com o hematologista do paciente, ajustando medicações e cuidados. Essa parceria é essencial para evitar crises falcêmicas.

Além disso, é importante:

  • Evitar o estresse e a dor intensa, que podem precipitar crises.
  • Manter o corpo bem hidratado, especialmente em dias quentes.
  • Evitar grandes variações de temperatura, que também podem agravar o quadro.
  • Não adiar consultas odontológicas, mesmo em períodos estáveis da doença. A prevenção continua sendo o melhor tratamento.

Maloclusão: quando o sangue afeta o sorriso

Um dos aspectos menos discutidos das doenças falciformes é o impacto na maloclusão, que é o desalinhamento entre os dentes superiores e inferiores.
Essa alteração é consequência de adaptações ósseas e musculares decorrentes do esforço da medula óssea, que aumenta de tamanho para compensar a destruição das hemácias defeituosas.

O resultado pode ser uma arcada mais projetada, dentes espaçados e até dificuldades na mastigação e na fala.
Em muitos casos, o tratamento ortodôntico é possível, mas deve ser cuidadosamente planejado, levando em conta o estado sistêmico do paciente e a capacidade de regeneração óssea.

Mesmo pequenos ajustes podem melhorar não apenas a estética, mas também a função mastigatória e o bem-estar emocional, algo especialmente importante na terceira idade, fase em que autoestima e conforto precisam andar lado a lado.

Câncer bucal: por que o risco é maior em pacientes com doenças falciformes

A relação entre as doenças falciformes e o câncer bucal ainda está sendo estudada, mas já se sabe que a inflamação crônica e a baixa oxigenação dos tecidos criam um ambiente mais vulnerável a alterações celulares.

Alguns fatores aumentam ainda mais esse risco:

  • Uso prolongado de medicamentos imunossupressores
  • Infecções fúngicas e bacterianas recorrentes
  • Lesões bucais que demoram a cicatrizar
  • Irritações causadas por próteses mal adaptadas

Por isso, qualquer ferida que não cicatrize em até 15 dias deve ser avaliada por um dentista.
Detectar o câncer bucal ainda em estágio inicial é o que garante as maiores taxas de cura, e essa vigilância precisa ser parte da rotina.

Cuidados odontológicos durante crises falcêmicas

Durante uma crise de dor ou vaso-oclusão, o atendimento odontológico deve ser adiado, pois o corpo está em sobrecarga.
O ideal é que o dentista oriente o paciente a manter hidratação, repouso e controle da dor conforme prescrição médica.

No entanto, se houver infecção bucal aguda (como um abscesso), o atendimento de urgência se torna indispensável.
Nesses casos, o profissional precisa usar anestésicos sem vasoconstritores, garantir oxigenação adequada e manter comunicação direta com a equipe médica responsável.

Alimentação e saúde bucal em doenças falciformes

A alimentação também desempenha papel fundamental.
Pacientes com doenças falciformes frequentemente enfrentam carência de vitaminas e minerais essenciais, como ferro, ácido fólico, cálcio e vitamina D. Esses nutrientes são importantes não apenas para o sangue, mas também para os dentes e gengivas.

Aqui vão algumas orientações práticas:

  • Prefira alimentos ricos em ferro (como folhas verde-escuras e leguminosas).
  • Inclua frutas cítricas para melhorar a absorção de ferro e fortalecer a imunidade.
  • Evite bebidas ácidas e açucaradas que favorecem a cárie.
  • Mantenha boa mastigação e evite alimentos muito duros, principalmente se houver periodontite.
  • Converse com seu dentista sobre o uso de suplementos, se necessário.

O papel do dentista no cuidado integral

Cuidar da saúde bucal de pacientes com doenças falciformes é muito mais do que limpar dentes, é compreender o paciente como um todo.
O dentista deve estar preparado para reconhecer sinais precoces de complicações sistêmicas e ajustar o plano de tratamento de acordo com as necessidades individuais.

A humanização no atendimento é essencial. Um profissional atento, que explica cada passo e respeita o tempo do paciente, ajuda a reduzir o medo e o estresse, fatores que podem desencadear crises.

Além disso, a integração com médicos, enfermeiros e psicólogos potencializa o resultado dos cuidados.
Essa visão interdisciplinar é o futuro da odontologia e deve fazer parte do presente.

Saúde bucal e qualidade de vida na terceira idade

Envelhecer com doença falciforme é um desafio que exige autocuidado constante.
Mas, com acompanhamento adequado, é possível manter boa qualidade de vida e um sorriso saudável.
Os avanços da medicina têm permitido que pessoas com essa condição vivam mais, e isso torna o cuidado bucal ainda mais importante.

A prevenção da cárie, o controle da periodontite, o tratamento da maloclusão e a vigilância contra o câncer bucal devem fazer parte de uma rotina estruturada e acolhedora.

Cuidar da boca é cuidar da saúde como um todo, e nunca é tarde para começar.

Dicas práticas para o dia a dia

  • Use escova macia e creme dental fluoretado.
  • Evite enxaguantes com álcool.
  • Faça pequenas pausas para hidratar-se durante o dia.
  • Prefira alimentos ricos em vitaminas e antioxidantes.
  • Vá ao dentista regularmente, mesmo sem dor.
  • Informe sempre seu histórico médico nas consultas.
  • Evite temperaturas extremas e o estresse emocional.

Esses pequenos gestos podem prevenir crises e preservar o sorriso.

Perguntas para refletir e comentar

  • Você já sabia que doenças do sangue podem afetar a saúde da boca?
  • Como tem sido seu cuidado com a prevenção da cárie e da periodontite?
  • Você já realizou um exame de rotina para avaliar o risco de câncer bucal?

Compartilhe suas experiências e dúvidas nos comentários. Seu relato pode ajudar outras pessoas que convivem com doenças falciformes a entender melhor a importância do cuidado odontológico.

FAQ – Perguntas frequentes

  1. Pessoas com doenças falciformes podem fazer tratamento odontológico normalmente?
    Sim, desde que o dentista esteja ciente da condição e haja acompanhamento médico. Procedimentos eletivos devem ser agendados fora de períodos de crise.
  2. Existe maior risco de infecção bucal nesses pacientes?
    Sim. A imunidade pode estar reduzida, por isso é fundamental manter higiene oral rigorosa e visitas regulares ao dentista.
  3. O uso de anestésicos é seguro?
    É, mas deve-se evitar anestésicos com vasoconstritores (como a adrenalina), pois podem piorar a circulação local.
  4. A doença falciforme causa perda dentária?
    Indiretamente, sim. As alterações ósseas e a periodontite podem comprometer a sustentação dos dentes se não houver controle.
  5. O dentista pode ajudar na prevenção de crises?
    Sim. Um profissional atento pode identificar sinais de inflamação ou infecção que, se não tratados, poderiam desencadear uma crise sistêmica.

As doenças falciformes exigem uma visão de saúde integral, e a boca é parte fundamental dessa equação.
Com acompanhamento regular, orientações personalizadas e empatia, é possível preservar a saúde bucal, prevenir complicações e garantir qualidade de vida em todas as fases da vida.

Cuide da sua boca, cuide de você. A saúde começa pelo sorriso.

 

Dra. Simone Soares
@dra.simonesoares
Cirurgiã Dentista
CROSP 41856

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